O ouro 375, também conhecido por ouro de 9 quilates, possui uma menor quantidade de ouro puro na sua composição, e por isso é considerado inferior. É chamado Ouro Português de 800.
As peças de ouro 375 foram criadas de forma a responder à procura em determinados mercados por ouro “barato”.
Podemos dar como exemplo um anel de 10 gramas de ouro 375. Ele vai ter 3,75 gramas de ouro puro e 6,25 gramas de cobre e prata.
Um anel de 10 gramas de 800, vai ter 8 gramas de ouro puro e 2 gramas de cobre e prata.
Tanto o ouro de 375 como o ouro de 800 vão ter os mesmos custos de design, fabrico, transporte, impostos e lucro. Só vai ter de diferente a quantidade de ouro puro (e quantidade de cobre e prata misturado).
Diferença entre ouro de 9 quilates e ouro de 19,2 quilates
Grande parte das pessoas tem a ideia errada que tudo o que é de ouro, é ouro puro. Não existe a noção de que o ouro tem várias “qualidades” ou ligas.
A maioria das pessoas só se apercebe que existe diferenças no ouro, quando necessitam de comprar uma peça. Observamos muitos casais de namorados ou noivos a querer comprar alianças, e nessa altura acabam por verificar, que pelo menos no preço existe diferenças.
Quando os noivos querem escolher alianças de casamento dirigem-se a uma ourivesaria e escolhem as alianças pela forma, largura, tom e muito pelo preço. Muitos não se apercebem ou questionam quais os quilates, ou qualidade de cada tipo de aliança.
É natural, ver alianças muito similiares, em que uma custa 100€ e outra 400€. Mas porquê essa diferença de preços?
Algumas pessoas questionam, e embora a Contrastaria – Casa da Moeda, tenha apostado em fazer campanhas de divulgação e sensibilização para o “ouro Português”, a mesma acabou por não se sentir na educação do grande público.
Qualidades de ouro em Portugal
Em Portugal até 1998, existiam 3 qualidades de ouro.
Ouro Puro – 24 quilates ou 999,9 permilagem (por cada 1000 partes 999,9 é ouro).
Moedas de ouro – 22 quilates ou 916 permilagem (por cada 1000 partes 916 é ouro).
Peças de ourivesaria – 19,2 quilates ou 800 permilagem (por cada 1000 partes 800 é ouro).
A partir de 1998 houve a introdução de regras para a livre circulação e comércio do ouro de 18 quilates, 14 quilates e 9 quilates.
Em Portugal utilizamos ouro 19,2 quilates enquanto internacionalmente utiliza-se ouro de 18 quilates. É por essa razão existe a ideia generalizada que “o ouro Português é melhor”.
Entenda-se que, durante várias décadas só existia uma qualidade de ouro na ourivesaria Portuguesa. Nunca houve a necessidade de saber quantos quilates tem cada uma das alianças, ou do fio que recebemos da madrinha ou do nosso crucifixo.
A justificação para diferenças de preço para anéis aparentemente iguais é a qualidade do ouro. Essa informação tem de estar claramente marcada na informação prestada ao público.
A dúvida geralmente coloca-se entre escolher uma aliança de noivado ou aliança de casamento de ouro 375/9 quilates ou uma aliança de ouro 800/19,2 quilates.
Uma aliança de ouro 800 contém 80% de ouro puro, enquanto as alianças de ouro 375 contém 37,5% de ouro puro.
Além do preço, a questão que mais é colocada, é se uma aliança de casamento com mais quilates oferece maior durabilidade e resistência.
Regra geral em Portugal as alianças de casamento são de ouro 800 (19,2 quilates), ou ouro 375 (9 quilates).
Existem lojas que não compram na bela indústria da ourivesaria e importam. Importam e vendem alianças de casamento de 18 quilates ou de 14 quilates.
Ouro 375 vai ter menos durabilidade?
Muitas das conversas entre as pessoas do ramo, dizem que as alianças de noivado ou alianças de casamento de 800/19,2 quilates, vão conseguir manter a sua cor bonita e durante um longo período de tempo.
Na verdade as alianças noivado de ouro 375/9 quilates, tem mais em “outros componentes” do que conteúdo de ouro. Isso irá se refletir na beleza final da peça.
Na altura de compra, na loja ambos parecem iguais. Bem polidas, com muita luz, vão estar a brilhar. As peças que são constituídas com menores quantidades de ouro, possuem uma camada de ródio de forma a conseguirem ficar com mais brilho e resistentes. Tentando ficar parecidas ás peças com uma maior composição percentagem de ouro.
Essa camada de polimento, vai acabar por se deteriorar e desaparecer com o tempo.
Nós compramos ouro usado e vemos que as peças de ouro 375, estão mais riscadas e com uma coloração mais “cobreada”
No exemplo das alianças, a escolha vai sempre depender dos noivos. Muitos acabam por se aperceber que é uma peça que vai ser utilizada, diariamente por mais de 40 anos. São alianças de casamento em ouro, com certeza é de escolher a de melhor qualidade.
A regra de quanto mais quilates uma peça possui, além de ser mais valiosa, mais durabilidade terá no sentido de manter o brilho e a cor original.
As peças de ourivesaria em ouro apresentam contrastes de:
19,2kt quilates ou 800% – constituído no mínimo por 80% de ouro, correspondendo o restante a outros metais constituintes da liga. Este toque corresponde ao denominado “Ouro Português”.
18kt quilates ou 750% – constituído no mínimo por 75% de ouro, correspondendo o restante a outros metais constituintes da liga.
14kt (quilates) ou 585% – constituído no mínimo por 58,5% de ouro, correspondendo o restante a outros metais constituintes da liga.
9kt (quilates) ou 375% – constituído no mínimo por 37,5% de ouro, correspondendo o restante a outros metais constituintes da liga.
A tonalidade do ouro está ligado á sua qualidade?
Apercebemo-nos que existem peças em ouro com diferentes tonalidades. Os 3 mais comuns são:
Ouro amarelo – Foi adicionado ao ouro uma liga de cobre e prata.
Ouro branco – a liga tem maior quantidade de prata ou platina do que de cobre. Antigamente era colocado níquel.
Ouro avermelhado – a liga tem mais cobre, e alguma prata e zinco.
Mas a nível de coleções e design, vai aparecer outras tonalidades, como esverdeado e negro.
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